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joelma633

Cursos profissionalizantes para adolescentes e jovens incentivam o empreendedorismo

Atualizado: 7 de jun. de 2021

Nesse período de pandemia, as dificuldades em manter o trabalho ou emprego têm sido motivo de muitas pessoas, entre elas os/as jovens, buscarem alternativas de renda. Por meio do projeto 'Adolescentes e Jovens Construindo Cidadania com Arte e Cultura de Paz', 40 adolescentes e jovens com idade entre 16 e 29 anos estão participando dos cursos de nível básico de Confeitaria e Unhas em gel. Os cursos são oferecidos pela Casa Pequeno Davi, com o apoio da Brazil Foundation e foram pensados de acordo com o público, moradores/as da comunidade do Roger.

Segundo o coordenador do projeto, Josemir Raimundo, as expectativas foram alcançadas porque a demanda da comunidade foi significativa. Apesar dos desafios impostos pela pandemia, os cursos foram realizados de forma presencial observando todos os cuidados preventivos ao COVID-19, como também a distribuição de EPIS (tocas, máscaras, álcool em gel) e o respeito ao distanciamento físico.


Diante das dificuldades de inserção no mercado formal, hoje a confeitaria e o trabalho de manicure são áreas alternativas para quem deseja empreender seu próprio negócio, sobretudo nas comunidades. "Esperamos que os/as adolescentes e jovens saiam profissionalizados/as nos cursos de unhas em gel e confeitaria, com aptidão para a inserção no mercado de trabalho e para empreenderem seus próprios negócios", comentou o coordenador do Projeto.


Sonhos adiados e oportunidade de geração de renda


Os cursos oferecidos de forma gratuita tem sido uma oportunidade para quem teve sonhos interrompidos com a atual realidade. Como é o exemplo de Camila Gabrielle, de 25 anos, que já fez parte da Casa Pequeno Davi quando era criança. A jovem é uma dos/as participantes do curso de confeitaria e no ano passado não conseguiu levar um projeto adiante. "Eu comecei a vender dindin gourmet, mas por conta da pandemia e dos filhos eu precisei parar. Foi um sonho interrompido. Tinha sonho de crescer na confeitaria, mas com o dinheiro curto eu não consegui realizar", desabafou Camila.


"Por conta da situação que nós estamos, o curso de confeitaria, pra mim, veio como a realização de um sonho, não só meu como de muitas meninas. O meu desejo é que outras pessoas tenham essa mesma oportunidade. Que possam empreender, porque é esse o meu objetivo", acrescentou a jovem.

Para o jovem Josué de Souza Silva (17), participante do curso de unhas em gel a realidade não é diferente. Ele sempre teve interesse em fazer um curso na área, mas as condições financeiras não permitiam. "Eu não tinha condição financeira para fazer um curso pago. Quando fiquei sabendo que na Casa Pequeno Davi teria o curso totalmente de graça, foi aí que eu vi a oportunidade certa de começar e cursar. Fiquei sabendo por um amigo e como eu fui aluno da Casa, procurei me inscrever e deu tudo certo", declarou Josué.


As expectativas de Josué são positivas. "O curso vai servir para o meu crescimento pessoal e profissional. Porque a partir dele posso conseguir uma vaga de emprego em algum salão, ou até abrir um espaço próprio na comunidade", disse.


Para Geovana Rachel (19), o curso representou uma oportunidade de adquirir mais conhecimentos na área. "Eu trabalhava com unhas, mas só unhas naturais, aí queria muito aprender, mas não tinha como comprar os equipamentos porque já não ganhava tão bem fazendo unhas naturais, então para mim se tornou muito importante poder ter a oportunidade de aprender tudo de forma gratuita". A jovem espera que portas se abram profissionalmente.


"Depois desse curso acho que tudo vai melhorar, será uma oportunidade de emprego, uma carreira nessa área, a independência que eu quero ter na minha vida e construir a história que quero nessa área", desabafou.

As possibilidades de empreenderem no próprio bairro foram motivações para a escolha dos cursos. Na visão dos/as participantes ambos os cursos abrem portas. "Fazendo esse curso (unhas em gel) eu já posso abrir meu próprio negócio, já posso trabalhar pra mim mesma", disse Bruna Guilherme (21). Para o jovem Weslley (17), o curso está representando a possibilidade de mudança de vida. "Pra mim é praticamente uma mudança de vida pra abrir várias portas de empregos, ajudar minha mãe".

As expectativas dos/as participantes são as melhores e a Casa Pequeno Davi continua sua missão de construir futuros, de contribuir com a mudança de vida de crianças, adolescentes, jovens e da comunidade.

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